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Qualidades e defeitos do Renault Kwid

O Kwid é um veículo subcompacto com licença terrestre para SUV, o menor preço entre os concorrentes, o maior porta-malas (290 litros), mesmo desempenho e menor consumo.

20/08/2020 às 11h31
Por: Redação Fonte: Renault Brasil
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O Renault Kwid entrou oficialmente no mercado brasileiro em 2017. Em setembro do mesmo ano, surpreendentemente apareceu como o segundo produto mais vendido da categoria. O modelo ficou em 17º lugar entre os carros mais vendidos daquele ano e ainda é um dos queridinhos do consumidor brasileiro, principalmente o modelo Zen - o modelo Zen é um dos modelos mais vendidos do Brasil.

Além do sistema de direção hidráulica elétrica, o Kwid Zen possui 4 airbags, vidros elétricos e travas, rádio com Bluetooth e conexão USB. Esta versão já possui características básicas de conforto, além do estilo "mini-SUV", conta ainda com quatro airbags e ISOFIX, que transmite uma imagem sólida e é sem dúvida o aspecto que explica o sucesso deste modelo. Mas não só isso.

O Kwid tem motor 1.0 SCe de três cilindros de 66 cv a gasolina e 70 cv a etanol, tem um bom torque de fornecimento em baixas velocidades e pode aumentar seu peso corporal magro de 780 kg de 0 para 100 km em 14,9 segundos. É um motor concepção novo, mas possui recursos antiquados, como o sistema de partida a frio com etanol, que ainda utiliza o tanque auxiliar de gasolina no compartimento do motor.

No entanto, o desempenho do Kwid é comparável ao de seus concorrentes. O consumo também está incluído. Segundo dados do INMETRO, a gasolina é de 14,9 km / l nas cidades e 15,6 km / l nas estradas. A tabela a seguir compara seus números com os dos principais concorrentes.

O Kwid é um veículo subcompacto com licença terrestre para SUV, o menor preço entre os concorrentes, o maior porta-malas (290 litros), mesmo desempenho e menor consumo.

O primeiro fator negativo a se prestar atenção ao pilotar um Kwid é a altura fixa do volante e do assento - esta é uma boa posição de direção para os biótipos brasileiros comuns. No entanto, os bancos relativamente altos oferecem pouco espaço para motoristas altos e passageiros dianteiros. Há aproximadamente 6 cm de folga acima da cabeça do motorista de 1,7 metros de altura. Isso significa que a cabeça de uma pessoa com mais de 1,85 metros ficará perigosamente perto do teto - o que aumenta muito o risco de lesão medular em um acidente de tombamento. Portanto, se você é um homem ou uma mulher de estatura acima da média, deve lidar com essas questões com cuidado. Após o fator negativo envolvendo o volante, o segundo ponto é que o Kwid possui bastante ruídos, especialmente ao acelerar, quando o barulho do motor invade a cabine. Junto ao ruído, vem a vibração excessiva do motor é transmitida ao volante, pedais e painel de instrumentos, e até mesmo causa um ruído de ressonância incômodo nas peças de plástico.

Ao conduzir o Kwid, outro aspecto negativo imediatamente notado são os pedais, que sofrem com pausas excessivas, e não sem precisão no funcionamento. E o pior de tudo é que esses pedais aparentam ser frágeis, e dão a impressão que vão entrar em colapso caso se pisado com mais força, especialmente o de freio, algo que pode causar insegurança no motorista. O câmbio, por sua vez, sua transmissão manual, está no mesmo nível do Fiat Mobi e Ford Ka. Apesar dos seus engates longos, é possível se adaptar e conviver.

O Kwid tinha uma suspensão robusta, e para compensar isso, a Renault parece ter levado em consideração o ajuste para manter um nível aceitável de estabilidade direcional e em curvas. Não resolveu muito, pois os limites do Kwid são baixos em relação também dos pneus estreitos. Esse é o curso mais longo de suspensão, porém, ajuda o modelo enfrentar uma vias de terra, estradas esburacados e lombadas irregulares.

Já em relação ao motor do Kwid, o mesmo possui um cabeçote de quatro válvulas por cilindro, mas não possui um variador de fase nos comandos de admissão e escapamento. O resultado é que o Kwid mostra-se relativamente ágil em baixos regimes, mas a curva de torque parece ceder de forma acelerada depois dos 4.000 RPM, fazendo com que o motor se comportar como um de cabeçote de 2V. De qualquer forma, isso não é tão negativo para um veículo com aspecto de uso urbano. Aliás, o recomendável é não utilizá-lo em estrada por mais que ele seja considerado um carro esportivo, pois sua largura reduzida e o baixo peso fazem com o sub-compacto seja excessivamente sensível aos ventos laterais. Sua carroceria oscila bastante em velocidades altas, causando uma desagradável sensação de insegurança ao condutor e passageiros. Porém se o uso for urbano, esse ponto considerado negativo é invalidado, pois em vias urbanas ele mostra ótima capacidade.

Carroceria com baixa rigidez torcional

O Kwid também não é um exemplo de rigidez na estrutura. Assim como os pedais parecem frágeis, a carroceria como um todo sofre flexões em lombadas e ruas esburacadas, provocando rangidos claramente audíveis no interior do veículo. Essa ação indica um baixo nível de resistência da torção existente na carroceria. Esse fator provoca barulhos em peças soltas na parte interior. Basta testar em carros usados em Salvador deste modelo ou com outros que possuem menos de 500 km rodados, é possível ouvir os ruídos das peças batendo ao se transitar por vias irregulares. O Kwid brasileiro é mais pesado, pesando até 120 kg, e a Renault do Brasil relatou que a estrutura foi reforçada. Porém, isso só ficará claro quando o modelo for submetido a uma avaliação no Latin NCAP.

Assim como todo veículo tem os seus pontos positivos e negativos,o Kwid não poderia ser diferente. Apesar de ter mais pontos negativos, são problemas leves e fácil de se adaptar, pois muitos deles trata-se de onde você irá utilizar esse veículo. Ele é frágil, ótimo para aqueles que irão usá-lo para trabalho e passeio.

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