As ações da equipe de Agrotóxicos II, que fiscaliza o comércio de agroquímicos, na 50ª etapa da Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco, que está acontecendo em Guanambi, encontrou problemas antigos no segundo dia de atuação. De acordo com a coordenadora da equipe, a fiscal do Crea-BA Rita Beatriz Trinchão, depois de 10 anos foram encontrados maiores desafios, como agrotóxicos expostos em prateleiras, vendedores manuseando produtos sem Equipamento de Proteção Individual (EPI), depósitos que armazena os venenos com ração animal, loja sem local de armazenamento e até uma copa com produtos alimentícios instalada dentro do depósito.
O objetivo do trabalho da equipe de Agrotóxicos II é mitigar os danos à saúde tanto de quem manuseia como também de quem compra e utiliza o produto na lavoura. Serão fiscalizados 24 pontos de interesse, sendo 16 em Guanambi e oito em municípios da região. “Nossa expectativa é orientar as pessoas a trabalharem de forma mais segura, afinal, agrotóxicos matam”, diz, enfatizando a necessidade de realizar uma reunião com os proprietários e responsáveis técnicos pelas lojas que tem a obrigação de informar sobre como armazena o veneno e exigir o uso dos EPIs.
O responsável técnico de uma das empresas fiscalizadas, Vanderlúcio de Castro, considerou necessário o trabalho da FPI. “É muito importante porque vocês estão orientando a gente e, com isso, iremos nos adequar às normas ambientais. Estou muito satisfeito com a orientação que recebi”.
A equipe Agrotóxicos II é composta por representantes do Crea-BA, Adab, Ministério Público e CIPA Lençóis.
A FPI do São Francisco tem o objetivo de orientar a população e implementar medidas amplas e integradas para a preservação da bacia do rio, as comunidades que dela fazem parte e o patrimônio cultural. Iniciada em 2002 a operação é coordenada pelo Ministério Público da Bahia, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e Ministério Público do Trabalho (MPT).
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